Doença frequente na sociedade se manifesta de diferentes maneiras, variando de pessoa para pessoa
Herpes é uma infecção viral comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, ao percorrer um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
Os sintomas mais comuns são infecções recorrentes que afetam a pele, cavidade oral, lábios, olhos e órgãos genitais. O diagnóstico é clínico, podendo ser obtido a partir de exames, como cultura, reação em cadeia de polimerase, imunofluorescência direta ou sorologia. Embora possa causar desconforto e estigma, entender melhor essa condição pode ajudar a gerenciar e prevenir surtos.
Visite regularmente seu dermatologista. Isso contribui para o diagnóstico precoce de lesões na pele.
Índice
O que é herpes?
Herpes é uma infecção causada por dois tipos de vírus: o vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e o vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2). Esses vírus podem causar infecções em várias partes do corpo, incluindo a boca, os genitais e a pele.
O HSV-1 é comumente associado ao herpes labial, enquanto o HSV-2 é mais frequentemente relacionado ao herpes genital. No entanto, ambos os tipos podem causar infecções nessas áreas.
Quais são os tipos de herpes?
Existem dois tipos principais dessa doença:
Herpes simples tipo 1 (HSV-1)
O HSV-1 geralmente causa herpes oral, que se manifesta por meio de bolhas ou feridas ao redor da boca e dos lábios. Essa forma de infecção é transmitida pelo contato direto com a saliva ou lesões infectadas, como durante o beijo ou o compartilhamento de utensílios.
Herpes simples tipo 2 (HSV-2)
O HSV-2 é geralmente responsável pelo herpes genital, que afeta a região genital e anal. A transmissão ocorre principalmente através do contato sexual, incluindo sexo vaginal, anal e oral.
O HSV-2 é menos comum que o HSV-1, porém tende a causar infecções mais recorrentes.
Existem fatores de risco para a ativação do vírus?
Sim, vários fatores podem contribuir para a ativação do vírus herpes simplex, levando a surtos. Alguns dos fatores de risco incluem:
- Estresse: o estresse físico ou emocional pode enfraquecer o sistema imunológico e desencadear surtos da infecção;
- Doenças: patologias que comprometem o sistema imunológico, como HIV/AIDS ou quimioterapia, podem aumentar a frequência dos surtos;
- Fadiga: falta de sono e cansaço extremo também podem contribuir para a reativação do vírus;
- Trauma na área afetada: procedimentos cirúrgicos ou lesões na região onde o vírus está latente podem desencadear surtos;
- Alterações hormonais: mudanças hormonais, como aquelas durante o ciclo menstrual, podem provocar surtos.
Agende uma consulta para uma avaliação detalhada da pele.
Como o herpes se manifesta?
O herpes se manifesta de forma diferente em cada pessoa, mas geralmente segue um padrão característico. Os sintomas podem variar de intensidade e incluem a formação de bolhas dolorosas ou feridas na pele ou nas membranas mucosas, sendo a única característica geral às lesões cutâneas causadas por essa doença.
Quais são as fases do herpes?
O herpes passa por várias fases durante um surto:
Pródromo
Fase inicial, na qual a pessoa pode sentir coceira, formigamento ou ardor na área onde as lesões aparecerão. O pródromo pode durar de algumas horas a alguns dias antes do aparecimento das bolhas.
Fase vesicular
Fase em que pequenas bolhas com líquido aparecem na região afetada. Essas bolhas podem ser dolorosas e causar desconforto significativo.
Fase ulcerativa
Na fase ulcerativa, as bolhas podem romper, formando úlceras dolorosas. É o estágio mais contagioso, pois o líquido das bolhas contém altas concentrações do vírus.
Fase de crosta
As úlceras começam a secar e formar crostas secas e amareladas. Nesta fase, a dor e o desconforto começam a diminuir. Além disso, é importante evitar coçar ou arrancar essas crostas, pois isso pode aumentar o risco de infecções e ocasionar dor.
Cicatrização
Nesta fase, as crostas caem e a pele cicatriza, sem deixar marcas na maioria dos casos. Pode durar cerca de uma a duas semanas.
Tratamento do herpes
Os tratamentos são usados para controlar sintomas e reduzir a frequência dos surtos. Entre esses tratamentos, os principais são:
- Medicamentos antivirais: são usados fármacos, como aciclovir, valaciclovir e famciclovir, que reduzem a duração e severidade dos surtos. Podem ser usados também como terapia supressora, buscando prevenir surtos frequentes;
- Cuidados locais: aplicação de compressas frias nas áreas afetadas pode aliviar a dor e o desconforto;
- Analgésicos: medicamentos de venda livre, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ajudar a aliviar a dor e a febre associadas aos surtos.
Os sintomas de herpes podem voltar a aparecer?
Sim. Os sintomas de herpes podem reaparecer, uma vez que o vírus permanece latente no corpo após a infecção inicial. Fatores, como estresse, doenças, exposição ao sol e alterações hormonais podem desencadear a reativação do vírus, levando a novos surtos.
Obtenha a avaliação de uma dermatologista sobre herpes.
Como evitar a transmissão do herpes?
Evitar a transmissão do herpes envolve várias estratégias, entre elas:
- Uso de preservativos: o uso consistente de preservativos durante as relações sexuais pode reduzir o risco de transmissão do herpes genital;
- Evitar contato direto: evite contato direto com lesões ativas. Não compartilhe utensílios, toalhas ou outros itens pessoais;
- Medicação supressora: pessoas com herpes genital podem usar medicamentos antivirais de forma contínua para reduzir o risco de transmissão ao parceiro sexual;
- Comunicação aberta: é importante informar aos parceiros sexuais sobre a infecção por herpes para que possam tomar precauções adequadas.
Complicações e prevenção do herpes
Geralmente, a herpes não causa complicações graves, porém em alguns casos, pode levar a problemas mais sérios, especialmente em pessoas com sistema imunológico comprometido. As complicações podem incluir:
- Infecções secundárias: lesões de herpes podem ser infectadas por bactérias;
- Herpes neonatal: se uma mulher grávida tem um surto de herpes genital perto do momento do parto, ela pode transmitir o vírus ao recém-nascido, o que pode ser fatal;
- Problemas neurológicos: em casos raros, o herpes pode causar encefalite, uma inflamação do cérebro.
Já as principais medidas preventivas são:
- Tratar surtos prontamente: use medicamentos antivirais assim que os sintomas aparecerem;
- Consultar um médico: pessoas com surtos frequentes ou graves devem buscar orientação médica;
- Cuidar da saúde geral: manter um sistema imunológico forte por meio de uma dieta saudável, exercícios regulares e sono adequado pode prevenir surtos.
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Fontes: