O melanoma é um tipo de câncer de pele agressivo, mas que tem grande probabilidade de cura quando diagnosticado precocemente
Os cânceres de pele podem ser classificados como melanoma e não melanoma, sendo o primeiro originário dos melanócitos, células responsáveis pela coloração da pele chamadas de melanina, e o segundo resultante de outros tipos de tumores.
O melanoma é o menos comum e o mais agressivo pela maior probabilidade de se espalhar para outros órgãos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 8.980 novos casos para cada ano de 2023 a 2025, sendo 4.640 homens e 4.340 mulheres.
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Índice
Tipos e estágios do melanoma
Os tipos de melanoma diferem de acordo com a localização e as características que apresentam. Os principais são:
Melanoma extensivo superficial
É o mais comum entre os melanomas e possui expansão horizontal na superfície da pele, demorando mais para penetrar nas camadas e expandir para outros órgãos. Esse tipo está mais associado à exposição frequente aos raios solares ultravioleta em indivíduos de pele clara.
As manchas aparecem, na maioria dos casos, na parte superior das costas e no tronco dos homens e nas pernas das mulheres. Os formatos são irregulares e assimétricos, com tons de marrom, preto, branco, roxo, vermelho e azul.
Melanoma Lentigo Maligno
Mais comum nos idosos, esse tipo de melanoma possui evolução lenta na superfície da pele e surge em áreas com grande exposição solar, como na região da cabeça e pescoço. As lesões são irregulares, em tons de preto e marrom, com extensão geralmente superior a três centímetros.
Melanoma Acral Lentiginoso
Com progressão mais rápida, ele se manifesta por meio de pintas e manchas marrons ou pretas nas palmas das mãos, nas plantas dos pés e abaixo das unhas. Geralmente, acomete mais os afrodescendentes e os asiáticos.
Melanoma Nodular
É o tipo de melanoma mais agressivo, pois o crescimento é acelerado e invasivo, com danos nas camadas superficiais e profundas da pele desde o início. Pode aparecer em qualquer faixa etária e em qualquer parte do corpo. Os nódulos são altos e com colorações pretas até avermelhadas.
A doença também possui estágios, sendo o zero quando o melanoma não passou da camada exterior da pele e é possível retirá-lo cirurgicamente. Nos estágios I e II é realizada a cirurgia e é examinada a possibilidade de disseminação para os linfonodos, que são nódulos que filtram substâncias nocivas do corpo.
Já o estágio III é caracterizado pelo espalhamento do tumor nos linfonodos e o IV também para diferentes e distantes áreas do corpo, o que torna difícil a cura. Algumas metástases são removidas, dependendo de sintomas, localização e quantidades.
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Sinais e sintomas do melanoma
O melanoma pode surgir na pele e provocar o aparecimento de pintas e manchas ou surgir a partir desses sinais já existentes na pele, ampliando o tamanho. Alguns sinais suspeitos são:
- Crescimento rápido;
- Coceira;
- Sangramento;
- Tamanho superior a meio centímetro;
- Presença de múltiplas cores;
- Formatos assimétricos;
- Contornos irregulares.
Causas e fatores de risco do melanoma
O melanoma é mais comum em pessoas de pele clara e que já possuem histórico familiar. Trabalhadores de segmentos como agricultura e metalurgia, que estão expostos a solventes e agrotóxicos, também possuem riscos aumentados para o desenvolvimento do melanoma.
O fator de risco comum entre todos os tipos de câncer de pele é a radiação ultravioleta, que provoca lesões no DNA. Quanto maior a exposição solar, maior o risco, pois esse dano é cumulativo. As radiações ultravioletas de lâmpadas e camas de bronzeamento artificial também aumentam a possibilidade de melanoma.
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Diagnóstico do melanoma
O diagnóstico do melanoma é feito na consulta ao dermatologista, após exame clínico, e pode ser confirmado com a biópsia. Devido à sua agressividade, a detecção precoce é fundamental para melhorar a expectativa de cura, podendo ser suficiente a extração do melanoma ainda superficial na fase inicial.
Tratamento do melanoma
O tratamento do melanoma depende de fatores como o tipo do tumor e o estágio em que ele se encontra. Alguns dos principais são:
Excisão
É um procedimento cirúrgico em que é removido o tumor e margens saudáveis. O método pode ser repetido se forem identificadas células cancerígenas nessas bordas.
Cirurgia de Mohs
O cirurgião remove o tumor sem precisar retirar margens de segurança e examina o material no microscópio. O procedimento é repetido tirando pouco tecido saudável até que não sejam detectados sinais cancerígenos.
Pesquisa do linfonodo sentinela
A biópsia do linfonodo sentinela consiste na retirada de alguns linfonodos para verificar se eles possuem células cancerígenas. Se sim, é provável que os linfonodos da região já estejam comprometidos.
Linfadenectomia
Quando é detectado o espalhamento do tumor nos linfonodos, é comum a dissecção deles, o que significa removê-los significativamente.
Ressecção de metástases
Essa prática cirúrgica é feita para a remoção de outros tumores em partes diferentes do corpo após a disseminação de células de câncer para outros órgãos.
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Acompanhamento pós-tratamento do melanoma
Existem os casos de recidivas, ou seja, o retorno do melanoma após um período sem a detecção da doença no corpo do paciente. Por isso, o acompanhamento é importante para rastrear o reaparecimento dos sintomas e retomar o tratamento.
Prognóstico do melanoma
Com alto índice de mortalidade, e por ser um câncer com alta probabilidade de alastramento, traçar o seu desenvolvimento é desafiador. O prognóstico, ou seja, a previsão de evolução da doença, varia de acordo com fatores como:
- A rapidez com que ele se espalha;
- A idade e a saúde geral do paciente;
- A quantidade de partes do corpo que o melanoma alcançou;
- Se houve a mutação do gene BRAF, relacionado a desenvolvimentos desordenados de tecidos devido à sua função reguladora do crescimento, proliferação e morte das células.
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Prevenção do melanoma
Assim como os demais cânceres de pele, uma das formas de diminuir as chances de ter um melanoma é evitar a exposição solar no período de maior ocorrência de radiação, das 10h às 16h. Nos outros horários é indicado utilizar proteção corporal e labial.
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Fontes:
Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Sociedade Brasileira de Dermatologia