O melasma é caracterizado pelo surgimento de manchas escuras na pele em decorrência do aumento na produção de pigmentos
O melasma consiste em um distúrbio de pigmentação, também chamado de hiperpigmentação, devido à atividade demasiada dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina. Essa alteração resulta no surgimento de manchas mais escuras que o tom normal da pele.
O melasma acomete mulheres em 90% dos casos e é mais comum naquelas com pele morena em tons mais escuros, como de ascendência africana, árabe, asiáticas e hispânicas — devido à maior produção de melanina, que faz com que os melanócitos sejam mais ativos.
Índice
Quais os sintomas do melasma?
O melasma caracteriza-se pelo surgimento de manchas marrons ou castanhas que acometem principalmente a face, com destaque às bochechas, testa, nariz e buço, mas pode ocorrer em outras partes do corpo também, incluindo braços, pescoço e colo.
O formato das manchas de melasma é irregular e com a borda bem definida em relação à pele.
Quais são as possíveis causas do melasma?
O melasma é uma condição crônica e recidiva, ou seja: pode retornar várias vezes durante a vida da paciente com predisposição ao problema.
Não estão claras quais são as causas do melasma à ciência, entretanto, sabe-se que o surgimento da hiperpigmentação e o estímulo às atividades dos melanócitos tem relação com a exposição à radiação solar ultravioleta, uma vez que as áreas mais acometidas são aquelas mais expostas ao sol.
A ocorrência é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 50 anos e se manifesta frequentemente na gravidez devido às mudanças hormonais. Estima-se que 70% das mulheres com predisposição ao melasma identifiquem as manchas na pele pela primeira vez durante a gestação.
Tipos de melasma
Ainda que todo melasma seja relacionado à hiperatividade dos melanócitos, resultando em manchas escuras na pele, a condição pode ser classificada em três diferentes tipos:
Melasma epidérmico
Consiste no tipo de melasma no qual o depósito de melanina está localizado na epiderme, que é a camada exterior da pele e, portanto, a mais superficial.
Melasma dérmico
É o tipo de melasma no qual a mancha de melanina acomete a derme, camada intermediária da pele que fica entre a epiderme e a hipoderme.
Nessa profundidade, a pele é composta por diferentes tipos de tecidos, como vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas e terminações nervosas.
Melasma misto
São os quadros de melasma nos quais os depósitos de melanina localizam-se na epiderme e na derme.
Como é feito o diagnóstico de melasma?
Quando localizar manchas escurecidas na pele, o dermatologista é o especialista mais indicado para averiguar o quadro e fazer o diagnóstico da condição. Para isso, o profissional avaliará o nível de exposição solar da paciente, além de questões hormonais e seu histórico familiar.
A partir da avaliação especializada será possível determinar o tipo de melasma e qual o tratamento mais apropriado para o caso, visando clarear a mancha para um tom mais uniforme em relação à pele, bem como estabilizar a condição e prevenir a reincidência.
Tratamentos para melasma
A definição do tratamento para melasma depende de diferentes fatores a serem avaliados pelo médico dermatologista. Atualmente, existem boas abordagens que permitem suavizar as manchas e melhorar o aspecto da pele. Confira opções a seguir.
Fotoproteção
Para que qualquer tratamento de melasma seja efetivo, o primeiro passo é a paciente iniciar o uso do protetor solar com fator de proteção (FPS) mais elevado, especialmente nas regiões afetadas pelas manchas.
A proteção solar é importante para estabilizar o quadro da paciente e ajudar na prevenção de novas manchas.
Cremes
É comum que uma primeira abordagem para tratamento de melasmas, nos casos em que as manchas são mais superficiais e em tom semelhante ao da pele da paciente, seja o uso de cremes tópicos. Alguns ativos comuns incluem:
- Hidroquinona;
- Ácido glicólico;
- Ácido retinoico;
- Ácido azeláico.
Os primeiros resultados com esse tipo de tratamento demoram cerca de dois meses para serem observados, mas a estabilização da condição pode levar de meses a anos e deve ser aliada com a fotoproteção.
Peeling
O peeling químico promove uma abrasão controlada das células da epiderme e da derme, a depender da profundidade do método e o princípio ativo usado. Quando o melasma é epidérmico, essa abordagem costuma entregar bons resultados rapidamente.
Melasmas dérmicos, entretanto, exigem procedimentos que atinjam camadas mais profundas da pele. Em ambos os casos é indicado que o tratamento seja indicado pelo dermatologista de acordo com as características do quadro.
Laser e Luz Intensa Pulsada
Uma abordagem recorrente nos quadros de melasma, principalmente quando acometem o tecido dérmico, é o uso de laser e luz intensa pulsada para contribuir com as demais medidas de clareamento das manchas.
É fundamental que esse tipo de conduta seja indicado e conduzido pelo dermatologista, dado o risco de a exposição indevida à luz aumentar a pigmentação da pele.
Qual a importância dos cuidados com a pele?
Os cuidados diários com a pele por meio da rotina de skincare não são capazes de prevenir os casos de melasma em pacientes com predisposição a desenvolver a condição.
Entretanto, manter bons cuidados com a pele pode reduzir a incidência e a doença justamente por incluir a etapa de fotoproteção diariamente. No dia a dia é importante ter alguns cuidados como:
- Fazer a limpeza da pele com sabonete específico para o tipo de pele duas vezes ao dia, pela manhã e à noite;
- Utilizar um dermocosmético hidratante após a etapa de limpeza;
- Aplicar o protetor solar mesmo quando permanecer em ambientes internos e independentemente do clima, reaplicando a cada três horas.
Ao identificar quadros diferenciados, como o melasma, é fundamental buscar auxílio médico especializado para diagnóstico e adotar a rotina de cuidados com a pele indicada pelo profissional.
Para saber mais sobre melasma entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Claudia, dermatologista e especialista em medicina estética.
Fontes: