Ter muitas pintas é normal, mas exige atenção aos sinais buscando auxílio dermatológico caso alterações sejam identificadas usando os critérios da técnica ABCDE. Saiba mais!
As pintas, chamadas cientificamente de nevos, consistem em pequenos tumores benignos causados pela concentração de melanócitos em alguma região do corpo.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre se ter muitas pintas é normal. Para entender esse questionamento, no entanto, é importante conhecer a origem desses sinais, quais casos demandam atenção médica especializada e procurar um especialista em pintas.
Índice
O que são as pintas?
As pintas surgem em decorrência da concentração de melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, que promove a pigmentação da pele e dos pelos.
Quando essas células se reúnem em uma determinada região do corpo ou da face, elas resultam em manchas escurecidas, como as pintas ou marcas. Em geral, as pintas têm uma tonalidade marrom ou preta, mas podem ser azuladas quando estão em uma camada mais profunda da pele.
Portanto, as pintas são sinais normais encontrados em quase todas as pessoas e que, geralmente, não apresentam riscos, sendo um depósito de células de pigmentação.
Quando uma pinta pode ser um sinal de alerta?
Apesar de as pintas serem comuns e ter muitas pintas ser considerado normal, na maior parte dos casos, é importante que o paciente fique atento aos sinais dessas marcas, independentemente da quantidade.
Normalmente, as pintas devem receber atenção especializada quando têm a cor ou tamanho alterados, se tornam mais ásperas ou em casos de sangramento, coceira ou outros sintomas. Uma das técnicas usadas para saber quando a pinta é um sinal de alerta é a regra ABCDE, que considera cinco aspectos:
- Assimetria: quando a pinta começa a espalhar mais para um lado, perdendo a simetria se você a avalia dividindo ao meio;
- Borda: pintas benignas têm contornos regulares, sendo que bordas irregulares, salientes ou com reentrâncias exigem atenção;
- Cor: nevos com mais de uma cor demandam atenção médica;
- Diâmetro: em geral, pintas não são grandes, de forma que lesões com mais de 5mm de diâmetro demandam atenção médica;
- Evolução: quando a pinta apresenta alterações rápidas, seja de tamanho, forma, espessura ou cor é preciso buscar um especialista.
A partir da avaliação desses critérios, é possível identificar pintas que demandam atenção médica, sendo fundamental buscar auxílio dermatológico.
Ter muitas pintas é normal?
Sim, ter muitas pintas é normal caso elas não apresentem as alterações mencionadas anteriormente. Em geral, a quantidade de pintas pode variar muito entre as pessoas, ficando entre 10 e 40.
No entanto, algumas pessoas têm mais pintas que isso e não apresentam nenhuma alteração preocupante. Os nevos podem estar presentes desde o nascimento ou desenvolverem-se na infância e vida adulta, sendo o pico em torno dos 30 anos.
Com o tempo, também é comum que as pintas se tornem mais salientes, com um relevo elevado, devido à concentração de melanócitos.
Em geral, pessoas com pele clara são mais suscetíveis a ter pintas e problemas de pele, como câncer de pele, sendo fundamental acompanhamento dermatológico e uso adequado de protetor solar.
Quando procurar um dermatologista?
O dermatologista deve ser procurado quando o paciente identificar alterações relacionadas aos critérios ABCDE ou quando se suspeita de uma pinta, mesmo quando não identificadas alterações significativas nela.
A partir disso o profissional fará uma avalia clínica acompanhada de anamnese para conhecer o histórico do paciente, suas queixas e a história médica familiar.
Após essa investigação, o especialista pode optar pela remoção da pinta, um procedimento cirúrgico para extração da pinta, que é enviada para biópsia, seguida do fechamento do local com pontos. A remoção também pode ser motivada por fatores estéticos.
É fundamental realizar uma consulta com o médico dermatologista assim que identificar alterações na pinta, evitando uma evolução do quadro e complicações. Ainda que ter muitas pintas seja normal, a atenção às mudanças nas características delas é fundamental para uma intervenção médica precoce.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia;
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.