Cirurgia para retirar pintas: como é feita e quando é indicada?

Procedimento pode ser necessário caso haja suspeita de câncer de pele ou quando a pinta traz insatisfação estética ao paciente

As pintas são marcas presentes em diferentes áreas de nosso corpo que podem surgir ao longo da vida ou serem congênitas. Algumas pessoas podem achá-las charmosas, enquanto outras sentem-se incomodadas, principalmente se a pinta for muito grande ou estiver localizada em algum lugar específico.

As pintas são nevos melanocíticos, que são pequenas lesões formadas pela concentração anormal de melanócitos na pele. Na maioria das vezes, elas não representam nenhum risco à saúde, mas existem situações em que as pintas podem se transformar em um tumor maligno. Portanto, a cirurgia para retirar pintas pode ter motivações estéticas ou ser um procedimento indicado para evitar ou tratar o câncer de pele.

A avaliação de um dermatologista para a obtenção de um diagnóstico pode indicar a necessidade da cirurgia para retirar pintas. Entenda mais sobre como o procedimento é feito e em quais situações pode ser recomendada a remoção de pintas.

Quando a cirurgia para retirar pintas é necessária?

De maneira resumida, a cirurgia para retirar pintas é indicada quando o paciente sente algum desconforto estético ou quando há suspeita de câncer de pele.

O teste ABCDE, muito utilizado pelos dermatologistas para avaliar algumas características das pintas, pode indicar se as marcas são um sinal de tumor maligno. Dessa forma, cada letra corresponde aos seguintes critérios analisados:

• Assimetria: pintas com formato simétrico e proporcional são benignas;
• Bordas: bordas regulares e precisas são pintas saudáveis;
• Coloração: pintas que mudam de cor ou apresentam 2 ou 3 tonalidades diferentes são suspeitas;
• Diâmetro: pintas que se mantêm com o mesmo diâmetro com o passar dos anos são saudáveis;
• Evolução: crescimento acelerado no tamanho e multiplicação da quantidade das pintas é um sinal de perigo.

Pintas irregulares e que se multiplicam de modo anormal podem ser um indicativo para melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. Por esse motivo, é fundamental ter atenção com as pintas e o acompanhamento periódico com um dermatologista para prevenir complicações.

Como é feita a cirurgia para retirar pintas?

A cirurgia para retirar pintas, sejam elas lesões benignas ou malignas, é a excisão. Essa técnica pode ser feita em regime ambulatorial, com o uso de anestesia local, quando as pintas a serem retiradas são pequenas e pouco profundas.

O dermatologista faz uma incisão com um bisturi ao redor da pinta levando em conta uma margem de segurança para remover a lesão. O material retirado é levado para biópsia para analisar se as células ao redor da pinta estão livres de tumores. As lesões maiores são fechadas com pontos, o que pode resultar em uma cicatriz.

Existem outras técnicas de cirurgia para retirar pintas indicadas para tratar lesões menores ou quando há motivação estética, entre elas:

• Curetagem;
• Cauterização;
• Cirurgia a laser.

Cuidados após a cirurgia para retirar pintas

Os cuidados pós-cirúrgicos são fundamentais para a correta cicatrização do local onde a pinta foi retirada e também para evitar o desenvolvimento de novas lesões de pele que podem se tornar malignas.

O paciente deve seguir todas as recomendações do dermatologista em relação ao uso de medicamentos, produtos específicos que auxiliam na cicatrização e higienização do local da cirurgia para retirar pintas. Além disso, a região tratada deve ficar protegida da exposição ao sol pelo período de dois meses.

A cirurgia para retirar pintas deixa cicatriz?

A cirurgia para retirar pintas deixa uma cicatriz, que pode ser pequena e bastante discreta, mas isso vai depender da técnica utilizada, dos cuidados tomados no pós-operatório e do tamanho da pinta. Por esse motivo, é importante conversar com o médico para avaliar se a remoção é necessária quando a finalidade é estética.

No caso de manchas suspeitas, é imprescindível consultar um dermatologista para obter o diagnóstico correto e avaliar a possibilidade da cirurgia para retirar pintas.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Maria Claudia.

Fontes:

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)